segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu pior inimigo


E eu morri de novo
Com um disparo antigo
Vários de mim já se foram
Sou meu pior inimigo

E eu me peço perdão
Mas não tenho piedade
A vala cheia dos meus corpos
Retrata minha brutalidade

E eu fugindo de mim mesmo
Soldado moribundo
Procurando outro de mim para matar
Não há lugar pra nós dois nesse mundo

E eu me vejo no horizonte
Tentando escapar
Do outro lado não tem eu
Preparo-me para atirar

E eu morri de novo
Com um disparo antigo

Marcos Coruja refletindo sobre a convivência com si próprio.
A violência, perseguição, medo e solidão ocultas no mundo interior.



Um comentário:

simone jeepeira disse...

que viajem, camarada, essa é muito boa!
a melhor!